28/04/2010 - CTB quer mobilizar 5 mil lideranças sindicais para a Conclat
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vai organizar caravanas em todas as regiões do país rumo ao 2ª Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora). A menos de 40 dias do encontro - marcada para 1º de junho, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo -, a entidade trabalha com uma meta ousada: mobilizar cerca de 5 mil lideranças cetebistas, de todos os estados, para participarem da conferência.

"É preciso aproveitar esse período até a Conclat para aprofundar o debate não só em nível nacional, mas também nos estados. Vamos manter contato permanente com as CTBs estaduais e fortalecer a mobilização", declarou ao Vermelho Pascoal Carneiro, secretário de Organização da CTB. Segundo Pascoal, as caravanas à Conclat devem ter mais de cem ônibus, sobretudo da região Sudeste.

Das seis centrais sindicais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho, cinco - CTB, CUT, Força Sindical, CGTB e Nova Central - vão promover a Conclat. O objetivo é reunir 40 mil dirigentes sindicais no Pacaembu, em uma grande plenária, para debater a plataforma dos trabalhadores nas eleições 2010. Entidades de outros movimentos organizados - como a UNE, o MST e a Conam - foram convidadas a participar.

Até 4 de maio, as centrais devem finalizar o texto-base de uma carta dos trabalhadores e do movimento sindical aos candidatos à Presidência da República. O documento - que terá também versão resumida, em forma de manifesto - será lido e posto em votação no Conclat.

Nota aprovada pela CTB nesta sexta-feira (23), durante a 7ª reunião de sua direção executiva, afirma que a central vai à conferência para defender "um novo projeto de nação, ancorado na luta pelo desenvolvimento com valorização do trabalho e soberania nacional". Esse projeto, conforme a nota, é hoje o "instrumento unitário de protagonismo da classe trabalhadora nas batalhas em curso, em especial a sucessão presidencial".

1º de Maio

Além da Conlat, a reunião da CTB tratou da preparação para os atos do Dia Internacional do Trabalhador nos estados. A principal manifestação ocorrerá em São Paulo - mais precisamente na Avenida Marquês de São Vicente -, onde CTB, UGT e Nova Central vão realizar o 1º de Maio Unificado. Uma das presenças mais aguardadas é a da ex-ministra do governo Lula e pré-candidata a presidente Dilma Rousseff.

As três centrais esperam reunir de 300 mil a 400 mil pessoas na celebração, que terá apresentações artísticas e ato político. Para reforçar a divulgação, serão distribuídos 300 mil panfletos em pontos estratégicos de São Paulo. A campanha chegará também à grande mídia, com 81inserções publicitárias em quatro grandes emissoras - SBT, Record, Bandeirantes e Gazeta. Já a Rádio Tupi, responsável pela parte artística do 1º de Maio Unificado, fará 600 chamadas.

"Nesses atos, a CTB reafirmará seu caráter classista, de luta pelo socialismo e da defesa da agenda de interesse dos trabalhadores e das trabalhadoras", diz a nota divulgada pela central. Entre as propostas que serão defendidas pela CTB, destacam-se a redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salário, o fim do fator previdenciário, a valorização das aposentadorias e pensões, a reforma agrária, da agricultura familiar e do meio ambiente.



Leia abaixo a nota aprovada pela CTB

Reunida em São Paulo, nos dias 22 e 23 de abril, a Executiva Nacional da CTB aprovou, por unanimidade, as seguintes deliberações:

1) Conclamar a todas as CTBs estaduais e as entidades filiadas a intensificar sua mobilização para os atos de 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador. Nesses atos, a CTB reafirmará seu caráter classista, de luta pelo socialismo e da defesa da agenda de interesse dos trabalhadores e das trabalhadoras, com destaque para a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salário, fim do fator previdenciário, valorização das aposentadorias e pensões, campanha do "pré-sal é nosso", defesa da reforma agrária, da agricultura familiar e do meio ambiente, dentre outras bandeiras;

2) Aprovar mobilização nacional, com caravanas de todos os estados, para a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, a realizar-se no dia 1º de junho, no estádio do Pacaembu em São Paulo, bem como na Assembléia Nacional dos Movimentos Sociais em 31 de Maio. Nessas atividades, a CTB defenderá um novo projeto de nação, ancorado na luta pelo desenvolvimento com valorização do trabalho e soberania nacional, instrumento unitário de protagonismo da classe trabalhadora nas batalhas em curso, em especial a sucessão presidencial. Nesse sentido as CTBs Estaduais devem tomar a iniciativa do debate político para a importância dessa Conferência.

3) Deflagrar ampla campanha nacional em defesa do artigo 8º da Constituição Federal, que prevê liberdade e autonomia para as entidades sindicais, estabilidade dos dirigentes e, principalmente, a defesa da unicidade sindical e da contribuição sindical compulsória.

4) Saudar a grande conquista da CTB, atualmente a terceira maior central sindical em representatividade no país, resultado do acerto de sua orientação política, das concepções sindicais e da atuação ampla e unitária. Reforçar a necessidade de continuar o vitorioso processo crescimento com filiações de novas entidades, bem como o fortalecimento das seções estaduais da CTB.

VIDA LONGA À CTB!

De São Paulo,
André Cintra.

Texto retirado de http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=128148&id_secao=8



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